Os cães e os gatos estão sujeitos a um grande numero de doenças que
podem e devem ser prevenidas e a forma de se fazer isso é não
descuidar das vacinas. Sempre procure uma clínica veterinária ou um
consultório com um profissional especializado, apenas eles estão
autorizados a realizar a vacinação em seu animalzinho.
Os mais sujeitos às doenças são os filhotes, mas não se deve descuidar
dos adultos, promovendo, sempre que necessário, a revacinação deles.
Um filhote até por volta de seus 40 dias de vida, possui ainda no
organismo os anticorpos da mãe porque ele mamou nela e estes lhe
foram passados, seja, por via mamária, ou via placentária, quando ele
ainda nem tinha nascido e se encontrava na barriga da fêmea. Quando
dizemos que este filhote deve ser vacinado aos 45 dias de vida, significa
que ele a partir desta data está com seu sistema imunológico maduro o
suficiente para receber a vacina e então passar a criar seus próprios
anticorpos, o que antes dos 45 dias não ocorre.
Convém salientar para que não haja mal-entendidos, que não existe
nenhuma vacina que proteja completamente um animal. Quando
melhor a qualidade da vacina, condições de conservação, validade etc., e
quanto mais saudável e bem tratado estiver o cão que vai ser vacinado,
melhor a resposta imune produzida pela vacinação. Por isso nenhuma
vacinação deve ser feita antes de um exame clínico prévio do paciente.
Além disso, para que uma vacinação seja bem sucedida, ela deve ser
sempre orientada e programada por um veterinário.Algumas doenças que podem ser prevenidas com a vacinação:
- Cinomose - Muito comum entre os cães, doença freqüentemente
mortal e é causada por um vírus. A transmissão ocorre por contato direto
com o animal doente ou secreções nasais e da boca. É mais freqüente no
inverno. Sintomas: digestivos: vômitos e diarréia; respiratórios: secreção
nasal e ocular e nervosos: incoordenação motora, tiques nervosos,
paralisias e convulsões.
- Parvovirose - É causada por um vírus e é uma das principais causas
de óbito em filhotes com menos de um ano de idade. Sintomas: provoca
uma enterite muito intensa com sangue e odor extremamente fétido;
vômitos, apatia, inapetência.
- Leptospiroses - Esta doença provoca alto índice de mortalidade e é
considerada uma zoonose (doença que os animais podem transmitir aos
seres humanos). É causada por uma bactéria que apresenta várias
linhagens patogênicas ou sorogrupos e a transmissão se dá pelo contato
direto com o animal doente ou pela ingestão de alimentos, água e urina
contaminados. Vários animais podem funcionar como reservatório da
leptospirose sendo os ratos muito importantes no processo de
transmissão. Sintomas: hemorragia, icterícia, febre, inapetência, vômitos
e urina de coloração amarronzada.
- Coronavirose - doença muito semelhante a parvovirose, porém
com sintomas menos intensos, mas também com potencial de levar o
cão a óbito.
- Hepatite infecciosa - Doença provocada por vírus e transmitida pelo
contato direto com o animal doente e por secreções orais e nasais.
Sintomas: diarréia, febre, vômitos, dor abdominal e lesão ocular.
- Doença respiratória - Causada por vírus e altamente contagiosa, é
transmitida por secreções nasais e pelo contato direto com animais
doentes. Sintomas: coriza, tosse, espirros, febre e inapetência.
- Parainfluenza - Transmitida por vírus e também muito contagiosa, é
transmitida por via aérea e apresenta sintomas de gripe dos cães.
Sintomas: coriza, tosse e espirros.
Todas estas doenças acima são protegidas pelas vacinas Óctupla ou
Décupla. - Raiva - Doença transmitida por vírus e é de extrema importância, pois
além de ser também uma zoonose, portanto transmissível do animal
para o homem, é uma doença incurável depois de adquirida. Apesar da
raiva já ser bem conhecida e divulgada devido sua periculosidade,
sempre é bom lembrar da importância da vacinação Anti-rábica anual. O
Centro de Controle de Zoonoses todos os anos realiza gratuitamente
vacinação Anti-rábica no mês de agosto. Sintomas: variados, mas
basicamente divididos em 3 grupos:
raiva furiosa, em que os cães mostram-se extremamente agressivos;
raiva paralítica, os cães inicialmente apresentam uma marcha trôpega
até culminar com paralisia mandibular, dos membros anteriores e
posteriores e finalmente
raiva muda ou atípica, a menos comum, porém a de mais difícil de
diagnóstico, pois o cão muda apenas discretamente seus hábitos, não
atende o chamado do dono, come pouco, fica quieto num canto e no
final tende a se tornar semelhante à forma agressiva.
Constantemente em nosso atendimento clínico nos deparamos com
situações lamentáveis, de cães que são acometidos de doenças que
poderiam ter sido prevenidas através de uma simples vacinação.
Além do sofrimento do animal, os proprietários também sofrem e de
certa forma sentem-se arrependidos por seu cão não ter sido vacinado
quando deveria e ficam na expectativa de uma recuperação que nem
sempre ocorre.
Outro fator importante de ser lembrado é que um tratamento intensivo
sempre é mais dispendioso do que uma prevenção. E pior ainda, apesar
do tratamento e de todos cuidados necessários, nem sempre o final é
feliz.
Esta matéria, portanto, tem o intuito de reforçar e esclarecer todos os
proprietários de cães sobre a importância da vacinação regular e deixar
claro que a prevenção ainda é o melhor remédio.
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